A adolescência no Brasil na voz dos protagonistas
BRASÍLIA, 29 de outubro, 2011 - “O que é o direito de ser adolescente para vocês?”. A pergunta causou grande alvoroço em um plenária com 54 adolescentes vindos dos mais diversos pontos do Brasil. Adolescentes do Semiárido, da Amazônia, de comunidades quilombolas, de aldeias indígenas, dos centros urbanos, de áreas rurais e de redes de participação formaram um grupo que refletiu sobre as múltiplas realidades vividas pela diversidade dos adolescentes brasileiros e o que significa ser adolescente nesse contexto.
No encontro, realizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em parceria com o IIDAC e com o apoio da agência de comunicação Santafé Ideias, os adolescentes debateram sobre a situação atual da adolescência e analisaram os percentuais de risco, vulnerabilidade e os problemas sociais tendo por base o relatório anual sobre a situação da adolescência no Brasil. “O adolescente tem que ser visto e interpretado a partir do meio em que ele está inserido, isso faz a multiplicidade da adolescência” reivindicava um dos grupos de trabalho no manifesto final elaborado pelos adolescentes e cujas propostas farão parte da versão final da publicação, a ser lançada pelo Unicef.
A ideia de um novo olhar, “atualizado e dinâmico”, para o que eles reivindicam como “uma fase de oportunidades” resume a fala unânime de uma plenária que participou de forma ativa tanto dos grupos de trabalho quanto das dinâmicas de integração preparadas para a ocasião. Dança, canto, cordel e produções audiovisuais trazidas dos quatro cantos do Brasil pelos adolescentes animaram o sarau cultural na noite de sexta-feira, levantando para dançar até os mais tímidos. As manifestações artísticas e folclóricas mais variadas compartilharam um espaço que propiciou reflexões relevantes sobre as múltiplas formas de projetar o Brasil no contexto global valorizando a diversidade enquanto riqueza nacional.
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